Dizer que me fazes tanta falta
Que muitas vezes me recolho ainda
No pomar onde me surpreendias nua
Quando andava a estudar a felicidade
Dos bichos da fruta
Sem fazer ideia de quem tu eras
Te tomava por uma depravada astuta
Destapando-se maliciosamente
De entre as videiras
Atravessando-se nos meus olhos incrédulos
Que te fixavam
Como ofegante me apressava para ti
Dizendo espera espera
Enquanto desaparecias
Furtando o sexo ao meu desejo
E eu ficava com as uvas
E o sol
Em todas as partes que tocava
Projetava a tua sombra.
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