sábado, 29 de junho de 2019

Estado? Capturado


A principal característica do Estado, mas que, ironicamente, não faz parte da sua definição (consultem um dicionário ou uma enciclopédia) é que sempre esteve capturado. O que desmoraliza mais é não podermos dizer que houvesse/haja governantes e agentes políticos merecedores de distinção pela positiva. Nos últimos tempos, graças às tecnologias, vai-se "fiscalizando" um pouco mais, mas não tem passado disso. Os processos arrastam-se, os acusados, ou suspeitos, aguentam a pressão, e o sentimento de impunidade grassa, com graves consequências, tanto no plano ético, quanto no moral e sócio-político. Enquanto os altos "dignitários", sobretudo os envolvidos e próximos, não tomarem uma posição de responsabilidade e de dignidade e de direito, ninguém vai mais dar crédito a uma palavra que digam. As penas previstas e aplicadas para certos crimes que punham em causa a confiança no uso do cheque (lembram-se, ou não são desse tempo?) sustentavam-se num valor que parece não ter qualquer relevância, quando se trata de "dignitários" políticos. Felizmente, a sociedade atual vai reagindo e vai sendo cada vez mais intolerante com os desmandos dos "eleitos". Que estes reajam à altura, em vez de se acobardarem. Mas não, declaram-se inocentes e queixam-se de serem perseguidos. Viva a democracia!

domingo, 23 de junho de 2019

Capitalismo/Socialismo e quejandos

Sem entrar em detalhes teóricos e históricos, sugeria que analisassem o assunto na seguinte perspetiva: o capitalismo é uma prática arreigada ao longo dos séculos, um modo ainda primitivo, selvagem e natural de organizar a sociedade e a economia, praticamente desde sempre, apenas com os ajustamentos impostos pelas revoluções.
O marxismo/socialismo/comunismo foram iniciativas teóricas, de pendor científico, altamente criativas, mas terrivelmente revolucionárias, de assumir o controlo racional dos factos, políticos e económicos e culturais, em vez de ficarmos sujeitos a eles.
Quis ser uma espécie de "medicina" contra a "feitiçaria", uma espécie de ciência contra a religião e a mitologia, uma espécie de "poder da razão" contra a "razão do poder".
Não se limitaram a ser uma análise da realidade histórica do capitalismo, foram uma crítica, uma refutação da sua fatalidade e uma proposta de solução para os graves problemas do capitalismo.
Mas nunca foram, até porque depararam com tremendas resistências e oposições dos sectores capitalistas, uma prática instituída.
Na minha opinião, acabar-se-á por ter de organizar a sociedade de um modo em que o capitalismo será subordinado aos interesses coletivos e aos imperativos ambientais, da preservação da saúde e do planeta.
O que tem acontecido, até ao presente, é o contrário, é o capitalismo a subordinar e a tirar partido de tudo, inclusive de governos e de recursos naturais preciosos...