De cigarro na boca
Havia homens e mulheres procurando
Sombras atrás de uma cortina
Escutando música para preencher vazios
Das palavras da canção clássica
No momento de abraçar a imortalidade
Eram abraçados pela novidade
De estarem num cantinho escuro
Que os olhares não devassassem
Com um significado mesquinho
Que não via magia na dança impossível
Nessas devoções em templos improvisados
Invocando deuses e deusas do cabelo
E da roupa perdida
Com tanta humanidade na comoção
Como estavam implorando à solidão
Por felicidade que ninguém alcança
De cigarro na boca.
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