sábado, 12 de março de 2022

Aproximações à verdade XVI

Estou a pensar nas aproximações à verdade do Hilário e da Amiga.
Hilário: 2+2=4
Amiga: correcto
Hilário: mas não é um facto
Amiga: facto é tu pensares e dizeres, não o significado do que pensas e dizes
Hilário: independentemente dos factos, de qualquer facto, 2+2=4
Amiga: concordo, não há nada que possa alterar essa relação de necessidade lógica
Hilário: a isto eu chamaria um imperativo categórico
Amiga: mas continua a não ser um facto, não depende, nem interfere nos factos
Hilário: há imperativos categóricos morais e não apenas lógico-matemáticos
Amiga: os imperativos categóricos morais fundamentam os julgamentos ou juízos de imoralidade dos actos humanos
Hilário: à semelhança do juízo de erro, se alguém afirmasse que 2+2=3, que seria fundamentado no imperativo inescapável de 2+2=4
Amiga: os imperativos morais, quando não são respeitados, têm sempre repercussões e implicações e efeitos e consequências danosas, indesejáveis de algum ponto de vista, o que nem sempre acontece no plano dos cálculos meramente abstractos.

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