As pessoas são ilhas, mas a maior parte delas só desconfiam disso nos momentos em que se sentem sós e sentem o que mais ninguém pode sentir por elas, por mais que finjam compreender e, se compreendessem, também não iriam adiantar nada.
Os poetas talvez descubram isso e se ponham a fabricar barcos, navios, caravelas, aviões, para transpor os oceanos da língua e das linguagens que nos ligam efectivamente mas que, mais do que isso, nos dão a ilusão de não sermos ilhas que, efectivamente, somos.
Quanto mais tentamos sair da ilha mais percebemos que uma ilha não pode sair de si mesma.
A imaginação, não obstante, ajuda.
Sem comentários:
Enviar um comentário