quinta-feira, 15 de outubro de 2020

A razão de ser e de dever ser

Estou profundamente focado na área de conhecimento das ciências humanas, sociais e económicas e não me distraio de as referenciar às ciências físicas e biológicas. 

A filosofia é a razão a laborar no conhecimento da realidade, do que existe, qualquer que seja a forma, incluindo o próprio conhecimento e ela própria, como realidade que é, ainda que não seja material. 

A filosofia é a razão que descobrimos e buscamos na identificação do domínio do conhecimento com o domínio da realidade (a realidade de cada um nunca será mais ampla do que a que conhece), que nos permite explorar e descobrir e reconhecer a realidade e comunicar representações significativas de factos, e sentenciar como tais (verdadeiros) e emitir juízos de não neutralidade ética, moral, estética, emotiva, sensorial, sobre os mesmos, sem deixar de os explicar, de se explicar, de os justificar e de se justificar. 

A filosofia é a razão à prova, ou exercida sobre constrangimentos (nem a experiência deve ser um constrangimento para a razão, na medida em que o valor, validade, verdade a extrair da experiência dependem da razão, incluindo a experiência da razão; é a razão que valida a experiência e não esta que valida aquela) e sem as limitações do método científico, designadamente, de objectividade, neutralidade e imparcialidade. 

A filosofia não é neutra, porque a razão não é neutra. 

A ciência é neutra porque o método científico é etica e esteticamente neutro.

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