O mercado, e não apenas o mercado de trabalho, enquanto oferta e procura a
determinado preço, é uma das formas possíveis de um sistema de trocas e está
condicionado pelos poderes no mercado.
Seria bom que o mercado fosse um factor de justiça e de desenvolvimento e
nunca o contrário. Verificamos que há muitos mercados e que uns interferem nos
outros, nem sempre no bom sentido. Se os mercados fossem mercados de
mercadorias propriamente ditas, de bens e serviços, já seria difícil assegurar
a liberdade de mercado.
Mas como os mercados se sublimaram em "mercado" do dinheiro,
sendo este o grande e indomável estruturador dos nossos tempos, o ponto de dependência,
crescente, dos mercados relativamente às estruturas financeiras, subverte o
sentido corrente da palavra mercado, esvaziando-a, porque um mercado de
dinheiro, nem em sentido metafórico, é um mercado.
Então, vou pensar na hipótese, que me parece promissora, de o dinheiro
acabar e de, nem por isso, diminuir a quantidade de bens e serviços.
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