domingo, 23 de janeiro de 2022

O movimento como causalidade de tudo

O tempo é um tema fascinante, que nunca cansa, nem passados milhões de anos, qualquer que seja o instrumento de medida que se adopte, admitindo, no entanto, que o tempo do relógio é o menos relevante na perspectiva do poeta e da abelha e da mosca e do covid-19 e dos dinossauros... 

Mas o tempo dos relógios e da velocidade, da clepsidra e da tartaruga são outras formas de movimento... Estamos imbuídos de sentidos do tempo e do espaço, como as águias e as pombas, os golfinhos e as sardinhas, mas as estrelas e as galáxias, de que fazemos parte, não têm tempo. 

O tempo, nesta acepção física de realidade, não existe. 

O tempo é biológico. 

O que existe é o movimento. 

Nada do que existe, incluindo o tempo (parece contraditório com o que disse), não existiria sem movimento. 

E eu pergunto-me se é sequer concebível, imaginável, que deixe alguma vez de ser tudo movimento.

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