segunda-feira, 10 de maio de 2021

Então, toma sentido

 O homem é quem dá sentido a tudo e nada senão o homem dá e toma sentido ao humano.

Qualquer ideologia que coloque o homem ao serviço de algo que não tenha o homem como princípio, meio e fim, só pode estar errada e, se tiver força, arrastará a humanidade para o abismo. Nenhuma liberdade ou poder individual, por conseguinte, nem poder de grupo, de partido, igreja, nacional, ou estadual, poderá legitimamente sobrepor-se e sacrificar a liberdade, direitos de exercício e de gozo, de qualquer indivíduo. Nem o dinheiro, nem o lucro, nem o interesse colectivo, nem o interesse de um indivíduo, por mais idolatrado que seja, poderá justificar o sacrifício ou as restrições aos direitos de ninguém.

Só o homem tem dignidade, capacidade e legitimidade para reivindicar e realizar o estatuto de sujeito, activo e passivo, dos significados e dos sentidos.

O discurso da subordinação dos interesses individuais, seja a uma divindade, seja à nação, ou outra coisa qualquer, mesmo quando tem subjacente que isso é no interesse do indivíduo, ou que os interesses do indivíduo são assim mais bem salvaguardados, é um discurso legitimador, na prática, do domínio de uns sobre os outros, dos que se arrogam representar as divindades ou a nação... sobre os outros.

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