domingo, 30 de agosto de 2020

Pena de morte

O argumento que me faz hesitar perante a pena de morte é que ela seria mais um instrumento dos usurpadores do poder e dos poderosos. 

De resto, aceitaria, sem pestanejar, a pena de morte para um assaltante, de um carro, de um apartamento, de uma casa, de uma pessoa, desde que fosse julgado e, quanto mais facilidades apresentasse em indemnizar os lesados, mais difícil seria a sua absolvição. 

Compreendo mais facilmente um homicídio do que um roubo ou um furto. 

Tenho horror a ladrões. 

Os ladrões não roubam só os anéis, mas não roubam as consequências, nem a memória. 

E não venham com a treta de que todos são ladrões, porque isso é falso. 

Há imensas formas de roubar, é verdade. Mas, na minha escala de valores, que vale o que vale, roubar é o pecado capital. 

E há sempre os bons e os maus. 

Mas não há ladrões bons. 

Sem comentários: