Todos sabemos que o Estado está capturado por todos os lados, sendo as partes mais
interessantes e valiosas para quem tem mais liberdade de o fazer.
O património do Estado é um colosso de ativos tangíveis e intangíveis, de goodwill, que só uma ampla liberdade de acesso
restrito (e aqui é que está o problema, o acesso restrito a quem pode e manda) permite canalizar para interesses privados (dos mesmos que, por regra e tradição, são a favor da iniciativa
privada, do individualismo, do liberalismo económico e político, enfim, de quanto menos Estado melhor).
O paradoxo está neste preciosismo de culparem o Estado de ser Público e Colectivo e Interventivo,
quando estão cheios de lucros e de soberba e de o sugarem até à falência, quando já colocaram os lucros fora do alcance do Estado, de quem se tornam devedores e caloteiros sem vergonha.
De
qualquer modo, o Estado está nas mãos deles, tanto na fase dos lucros como na fase dos prejuízos.
Eles são realmente livres.
Outros nem tanto.
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