quinta-feira, 8 de julho de 2010

À frente de qualquer juízo de ciência



Quanto à nossa dependência do conhecimento, ou à primazia que damos (ou não) aos juízos de ciência, os nossos critérios são diversificados e complexos. Não nos regemos por meras racionalidades e verdades teoréticas. À frente de qualquer juízo de ciência colocamos, por exemplo, a nossa sobrevivência. E, normalmente, não precisamos de razões para nos confiarmos àquilo que, sem dúvida, nos interessa e nos agrada. Só que, também aqui estamos sujeitos a contingências de ignorância e de erro, senão numa perspectiva egoística, pelo menos, numa perspectiva do interesse e do agrado dos outros. Ao tentarmos compreender o que é a inteligência, deparamos com conceitos de inteligência conflituantes e contraditórios, consoante se trate de inteligência, por exemplo, do interesse individual imediato, inteligência do interesse colectivo, inteligência do imediato ou do eterno, etc..
Aquilo que cada um quer em função do seu interesse e do seu agrado não significa que seja o melhor ou o mais conveniente para os outros, ou que seja o melhor a médio/longo prazo.


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