O problema humano de sempre, que põe o cérebro em água e que, talvez por
isso, interesse distrair, é o virtual versus real, que hoje
designamos mais como realidade virtual versus realidade.
O nosso ambiente cerebral é virtual e o nosso contacto com a realidade é algo
de "catastrófico", como se fossemos toupeiras que veem
representações, mais ou menos arbitrárias, acreditando, mais ou menos, que não
são representações e, sobretudo, que não são arbitrárias.
Já nos despedimos desse desconhecido, o dito real, a quem apertamos a mão
e, cada vez mais longe do ponto de partida, acenamos para um horizonte
indistinto, de ilusões, esperanças, sabemos lá?! O real não é o nosso
elemento.
Paradoxalmente e curiosamente, a ciência vem desenvolvendo o que poderia
ser a descoberta/recuperação do real ou o real como nossa condição
desconhecida.
É pela mão dessa ciência que o real se torna, então, mais virtual do que alguma vez pareceu, ao ponto de a ciência se colocar a olhar para si mesma com estranheza e desconforto.
Pode-se obrigar alguém a ser ignorante, mas não se pode obrigar alguém a ser alfabetizado e menos ainda conhecedor das letras, ideias e ciências, técnicas, artes e ofícios, desportos e indústrias, culturas e geografias, leis e filosofia dessas áreas todas, literatura de ler e literatura de escrever, etc...E menos ainda, de tudo isso junto e de gestão dos sistemas financeiros internacionais em proveito próprio, com resultados à vista.
É pela mão dessa ciência que o real se torna, então, mais virtual do que alguma vez pareceu, ao ponto de a ciência se colocar a olhar para si mesma com estranheza e desconforto.
Pode-se obrigar alguém a ser ignorante, mas não se pode obrigar alguém a ser alfabetizado e menos ainda conhecedor das letras, ideias e ciências, técnicas, artes e ofícios, desportos e indústrias, culturas e geografias, leis e filosofia dessas áreas todas, literatura de ler e literatura de escrever, etc...E menos ainda, de tudo isso junto e de gestão dos sistemas financeiros internacionais em proveito próprio, com resultados à vista.
Pode-se obrigar a não ser assim ou assado, mas o contrário não.
Nem é razoável esperar que o saber ou o aprender sejam por si sós, intrinsecamente, aptos a merecer ou a despertar o desejo de dedicação e de empenho de alguém.
Diria que as sociedades, de que os sistemas de ensino são uma expressão não despicienda, estão organizadas segundo esquemas e dinâmicas motivacionais extremamente viciados, demolidores e insustentáveis a muito breve prazo.
Numa palavra, o futuro nunca foge e parece estar cada vez mais próximo, mas
nada já se anseia por nada ter um sinal tranquilizador.Nem é razoável esperar que o saber ou o aprender sejam por si sós, intrinsecamente, aptos a merecer ou a despertar o desejo de dedicação e de empenho de alguém.
Diria que as sociedades, de que os sistemas de ensino são uma expressão não despicienda, estão organizadas segundo esquemas e dinâmicas motivacionais extremamente viciados, demolidores e insustentáveis a muito breve prazo.