A
aprendizagem dos valores é o que há de mais subversivo, não porque favoreça uma
vida de acordo com os mesmos, mas porque põe a nu o problema de as pessoas
serem ou não capazes, quererem ou não quererem, serem ou não serem obrigadas, a
conformar as suas condutas com esses valores.
O
Estado, infelizmente, está numa crise plena, no que a valores respeita e, no
entanto, arroga-se o monopólio da coação que, não sendo arbitrária,
institucionaliza e consente (quando não promove) políticas "loucas" e
"vertiginosas" para lado nenhum, mas tudo à volta do dinheiro, o
valor último.
A aprendizagem dos valores, paradoxalmente, é (pode ser) um factor de agitação, indisciplina, descontentamento, decepção, revolta... A civilização não é pacificadora, justamente porque o mundo está nas mãos de quem não faz o que deve e não olha a meios para fazer o que quer, podendo.