quinta-feira, 22 de novembro de 2012

No jogo, na guerra, no mercado


No jogo, na guerra, na política, na economia, nos universos financeiros, no mercado, o interesse submete tudo, ou quase tudo, e até as alianças e os aliados dependem e obedecem em função de alguma estratégia, ou plano. Convenço-me de que não há alianças nem aliados sem razões de ordem estratégica. É "vital" saber exatamente quem são (ou devem ser tidos como tais) os adversários e quem são (ou devem ser tratados como tais) os aliados. Torna-se tanto mais necessário prever e antecipar as decisões e a conduta de uns e de outros, quanto mais vantagem se quiser extrair da possibilidade de as contrariar e de as frustrar. O interesse em manipular, por exemplo, o mercado bolsista, é de tal ordem que é imperioso tentar manipular os manipuladores e os que tentam manipular estes e assim sucessivamente. A perversão faz de tal modo parte da "realidade" humana, que me parece impossível, não só, conceber aquela sem esta, como também, esta sem aquela. E interrogo-me se não é normalmente assumido que, quem é perverso para combater a perversão, tem cem anos de perdão.Eu preferia que as coisas não fossem assim e não acredito que tenham de ser como são.



quarta-feira, 7 de novembro de 2012

O saber sempre me fascinou III


Perguntam-me pela 
realidade das aparências e eu pergunto pela aparência da realidade. 
Penso que não temos acesso à realidade, mas apenas às aparências e, não raro, ou sempre, as aparências são a realidade, estranha é certo, mas a única que temos. Não me refiro apenas à realidade do que pensamos ou sentimos (o que é o sentimento de justiça, por exemplo? O que é uma mulher sexy, por exemplo? Ou uma boa acção?), refiro-me também à realidade das coisas físicas. Realço que coisa (res) e realidade são termos equivalentes.